...mutante ou comunista?
Transferência e Crise Política num troca-troca entre
os filmes:
Um
Método Perigoso e Shame
Se meu sonho fosse certo, eu não andava variado...
[The
artist`s job is not succumb to despair...]
Na cena inicial de Shame o personagem Brandon [Fassbender] troca
olhares com uma moça no metrô: mas a cena aparentemente banal tem mais informações
do que parece. Ela dá uma dimensão do enfoque “orgânico” que o diretor se
propõe na construção de seus personagens. Por exemplo: a tal mulher sentada no
banco oposto ao do protagonista não está sozinha no enquadramento que a limita,
ao lado dela um jovem negro igualmente bonito é compreendido pela tela, e quase
na mesma proporção. E mesmo quando temos um close do rosto dela, o perfil do
rapaz ao fundo continua lá. Quando a câmera se volta para o rosto de Brandon
notamos apenas uma tensão contida: talvez estivesse [conscientemente ou não]
formulando as coordenadas que mudam a moça em fonte de desejo: ao imaginá-la
como objeto de um outro [pornografia].
Por isso não podemos ler os pensamentos dele na expressão de seu rosto, pois
eles estão cinicamente escondidos numa fachada voyeurística e redutora do outro
[a moça loira e o rapaz negro].
Se pensamos no
olhar constantemente pornográfico dele, entendemos os caminhos da racionalidade
cínica e de seu destino trágico: o momento de autoquestionamento deixa de
existir, porque toda satisfação é possível, o que coloca a felicidade [o
horror] sempre a um passo daqui. Ao mesmo tempo o sujeito deve preservar sua
identidade do assedio desagregador de tantas possibilidades de gozo, que se
prostituem para a consciência a custa de suas relações afetivas: vampirizando a
vida social e transformando as pessoas em objetos de uso e descarte [mercadoria sexo].
Já quando nossa atenção se volta pro rosto da
mulher, dai temos uma variedade de expressões, com as marcas de um indivíduo que
pensa com intensidade e se discute. Ela vai, em poucos segundos, da excitação
da fantasia ao riso: culminando num cair em si decepcionado, e num princípio de
tristeza funda... Provável que seja uma jovem frustrada com o noivado, e que se
deixou levar pela ideia de uma aventura com o bonitão desconhecido: isso apenas
pra se frustrar no minuto seguinte, reconhecendo que não seria capaz de viver a
tal aventura [depressão]... Lembremos
que ela vai aparecer mais uma vez no final da fita: agora vestindo adereços
mais exagerados, com maquiagem pesada e cabelos tingidos: além de um grande
anel de casamento. Ela quase que se inclina sobre ele, diferente do pudor
angustiado do primeiro encontro... Também ela deve ter atravessado momentos de
paixão e crise no período retratado, e voltado transformada pelos eventos.
Hang up the chick habbit [hang it up daddy]
[O
homem que [se] amava as mulheres]
Mais tarde
saberemos que o protagonista de Shame
é um tipo excêntrico, de vida social quase nula: sempre a procura de novas
parceiras e rodeado de pornografia. O elemento que vai trazer instabilidade pra
esse transe de auto satisfação e vazio é a presença de sua irmã, Sissy [adjetivo
para efeminado], que ele rejeita e quer afastar de si por razões desconhecidas
pra nós [e pra ele]. Alias, sem querer moralizar as expectativas incestuosas
que o filme usa como isca: tendemos a acreditar que os irmãos nunca foram
amantes no sentido bíblico do termo, e vamos argumentar nisso mais adiante. Por
hora um salto cem anos em recuo, pro começo do século passado.
- Oi, eu sou a Lilica!
- E eu o Perninha!
- Não somos parentes!
[Nos
momentos mais difíceis, você é o meu diva...]
O filme de
Cronenberg começa com uma crise histérica de Sabina Spielrein, que está fora de
controle e é conduzida de carruagem pra clínica onde ficara sob os cuidados de
Jung. Como se sabe hoje, muitas mulheres daquele tempo sofriam terríveis crises
nervosas por conta de conteúdos sexuais reprimidos: pensamentos que não podiam
ser admitidos conscientemente por elas naquele contexto burguês
ultraconservador. Assim, a convivência com um desejo “inadmissível” cindia a
experiência que elas tinham da realidade, e do próprio corpo. Esse “eu”
fragmentado era deixado a mercê do inconsciente caótico e da tirania do supereu
[do ideal]. “Qualquer forma de humilhação”, ela dizia em meio à crise, se
punindo e se satisfazendo ao mesmo tempo: e não é o mesmo movimento que se
abate sobre o nosso protagonista yuppie cem anos no futuro [?], também ele
submetido às piadas cruéis de um ideal social do gozo [supereu] que o impede de
se reconhecer no mundo?
Vendo a moça
naquele estado, Jung decide tentar a “cura pela conversa” que vinha sendo
desenvolvida por Freud durante a formação da psicanálise. E talvez valha a pena
apontar, em contraste com a desagregação espiritual da paciente, a atitude empertigada
dos homens de ciência daquele tempo, mais especificamente Jung e Freud, que se
entrincheiravam nos modos aristocráticos, reforçando e amainando o ego no uso
de tabaco e licores, em profunda análise mútua: pra desbravar o novo campo de
conhecimento “mantendo a distância correta”.
Sissy
e Sabina
Sujeito Sincero
Sacrifício de Si
[SS]
Voltando de uma
casa noturna, o protagonista Brandon pensa que seu apartamento está sendo
assaltado, mas encontra a irmã Sissy [Carey Mulligan: genial] no chuveiro. A
partir dai descobrimos que era ela quem vinha ligando pra ele insistentemente,
ao que ele se recusava a atender... Como com a presença dela o vício em sexo
fica mais difícil de ser levado adiante, o choque de tê-la por perto evidencia
pra B. o desespero de sua condição. Mais tarde descobriremos que ela está
passando por apuros e precisa de um lugar pra ficar, ao que o irmão cede muito à
contra gosto, e apenas por alguns dias... Sabemos pouco da vida anterior del`s:
apenas que são a única família um do outro, que cresceram numa região periférica
e mais pobre da cidade, e que tiveram
uma infância-adolescência difícil: em Sissy vemos marcas de violência auto
infligida e um temperamento dado a explosões de humor e instabilidade. Já nele,
em contraste, vemos um tipo reservado e metódico: com uma consciência
narcisista da própria aparência, que beira a anorexia. Ainda que bem educado e
num bom emprego, suas noções de vida social e relacionamentos estão congeladas num
tipo de pré-adolescência paranoica: em que toda forma de intimidade vai sendo
lentamente rejeitada...
Muitos motivos
podem ter levado esses irmãos a desenvolverem personalidades tão complementares:
seria um tipo de identificação cruzada, que se reforçou quando os dois tiveram
que se apoiar contra a ameaça de terceiros? [a tal infância infeliz...] Assim a
cena que se segue, em que S. canta New
York, New York numa levada triste, deixa o irmão emocionado: talvez porque el`s tenham dividido aquele sonho no passado,
de estar ali na cidade grande,
independentes, livres da opressão e com
o futuro pela frente: como o personagem da letra.
Nostalgia is denial… denial of the painful present.
[You love your brother, don`t you? No, but I`m used to him…]
O
caso de Sabina é curioso, um exemplo típico de infância infeliz: não apenas
pelos abusos incestuosos do pai, mas também pelo assedio da mãe ausente e supercompetitiva
com relação a ela; que somados tiveram um efeito devastador sobre a moça...
Como se vê, Sabina teve de atravessar regiões bem sombrias na vida antes de
poder se “expressar” com os ataques histéricos e conseguir certa liberdade da
opressão do lar. É importante frisar o papel crucial de Sabina Spielrein não só
naquele período formativo da teoria psicanalítica, como no eixo que conduz o
filme e as questões que ele propõe levantar. Pesa sobre ela a revelação de uma
série de pormenores de sua vida pessoal: desde a encenação de sua doença
nervosa e dos motivos dessa doença; até suas experiências sexuais mais intensas
e libertárias, que se aproximariam, no limite, da desagregação do ‘eu’[e por
isso devem ser tratadas com discrição]. Tanto é assim que perguntando o que as
pessoas acharam do filme, ouvimos mais de uma vez críticas a interpretação da
atriz Keira Knightley: que pra nós se saiu divinamente bem, considerando o
papel difícil que lhe coube [de longe o mais complexo]. Refletindo um machismo
de época, que transparece no enredo por fidelidade histórica, o filme acaba,
ele também, sobrecarregando a figura da atriz: ela serve de exemplo para as
patologias, motivo de intriga entre os heróis ilustres, e até de “escada” ou
explicadora de conceitos psicanalíticos, que devem aparecer no enredo de alguma
forma, e sobra pra ela explicar pra gente em tom artificioso...
I believe a woman is equal to a man in courage
[da
parte de Eva ninguém não me leva: nós somos irmãos]
Após alguns
confrontos com a irmã motivados por paranoia, B. num acesso joga fora toda sua
pornografia: ele sai duas vezes com uma colega de trabalho, mas fracassa em se
envolver com ela ou se livrar do vício em sexo [esse interlúdio com a colega é
rico e cheio de sutilizas: mas estamos passando ao largo me muita coisa... ]. A
partir dai ele engaja numa espiral de desventuras sexuais patéticas: que
culmina com um ménage a trois pago, performado por uma espécie de zumbi do
crack bonitão... Enquanto isso sua irmã Sissy atravessa crise semelhante, mas
mais a fundo: já que sofreu um duplo abandono por parte de pessoas que amava,
sendo uma delas o próprio irmão: aquele que a tinha ajudado tanto a superar a
infância sofrida, e agora preferia não saber se ela estava viva ou morta: além
de acusá-la de o estar seduzindo... Ela
termina por cortar os pulsos no banheiro do apartamento: esse gesto “ético”,
cria do desespero, leva a fórmula cínica até seu limite. Ela finalmente “satisfaz”
o desejo dos dois, que não a querem por perto enquanto levam vidas miseráveis;
e o próprio desejo de se desagregar... Isso a partir dos dados que o filme nos
apresenta: claro que há inúmeros outros motivos pra que ela tenha atentado
contra a própria vida mais uma vez... Mas o enfoque do filme é enviesado, pois
gira em torno de Brandon somente, e dá uma série de impressões distorcidas: o
que nos obriga a fazer alguns malabarismos pra desencavar as informações.
O suicídio em
longo prazo no qual B. engaja também seria “ético”, na medida em que seu vício
reproduz um ideal de trabalho e consumo que é contra a empatia entre os
sujeitos: que quer uma desidentificação cínica de todos pra com todos, como
forma de castração política e ocultamento da exclusão e exploração crescentes...
Que um sujeito chegue ao ponto de não se importar com a existência da única parenta
viva [ainda que no filme não fique evidenciada nenhuma necessidade material da
parte dela] fala dos limites de uma racionalidade cínica sem projeto: em que os
sujeitos acompanham toda sorte de sofrimento alheio em tempo real, e recalcam a
angústia gerada por esse conhecimento desfazendo desse outro: seja rindo dos
indivíduos desumanizados pelo infortúnio, seja odiando-os ou discursando um
amor exagerado e impotente por essas “vítimas” do tempo.
We all fear death and question our place in the
universe
[As coisa sendo
invisível não vem pra nos atentar]
A
vida sentimental de S. também anda aos pedaços: foi abandonada por alguém que
parece amar muito e expulsa de casa: sem ter em quem se apoiar além do irmão
amargo e histérico. Como no caso de Sabina citado acima, ainda pesa sobre ela [sobre
a atriz e a personagem] a pecha de ser a louca que seduz o irmão e depois tenta
se matar quando ele foge. Quando na verdade ela estava tentando reestabelecer
um contato desembaraçado que el`s tinham antes [como duas irmãs?] e talvez salvá-lo
daquele ciclo doentio que, ela sabe, se
originou do mesmo trauma que a aflige [e que nós outros não sabemos qual é]. E
mesmo que tenham chegado a dar uns amassos escondidos quando criança: a atitude
indignada dele depois do ocorrido [ou por conta de um desejo inconsciente pela irmã,
caso não tenha acontecido nada] é uma forma mesquinha de se colocar num lugar
inocente através da violência: de se proteger e colocar nela a culpa “por tudo
que há de errado”...
A irmã, única
parenta viva, vai de carona no complexo de édipo: e o womanizer [men hunter?] quer
esquecer que ela existe porque ela é um sinal de sua culpa: isso não por ser
fisicamente desejada, mas por ser amada ao mesmo tempo [afeto dispensado à mãe
e ao pai em momentos anteriores do desenvolvimento]... Sissy sabe que o irmão
nunca permanece com uma mulher a ponto de conhecê-la bem, e também ela encontra
a mesma resistência nos XY com que se relaciona: tendo sido posta pra fora de
casa primeiro pelo namorado, depois pelo irmão... No caso do irmão ela encontra
um vazio preocupante e autodestrutivo: tem que ver com a música New York New
York de novo, if I can make it there - I`ll
make it anywhere : como pedir socorro ao irmão pra que ambos se socorram
nessas questões familiares: pra tentar contornar juntos a vida esvaziada na
qual vão afundando...
The Golden Age Thinking
[Porque
nós somos parentes também da parte de Adão]
O
caso de amor Jung – Sabina, que teve um desenlace com correspondências e ocultamentos
envolvendo Freud, é visto como antiético pelos personagens envolvidos: mas não
na opinião do paciente psicanalista Otto Gross: que aconselha Jung a se
entregar ao seu desejo pela paciente [transferência], do contrário isso seria
uma repressão sintomática de um impulso sexual normal e saudável. Claro que o
Dr. Gross, com seus mecanismos neuróticos de defesa, não se sente inclinado a
estabelecer relacionamentos: e vive uma escalada de ansiedade e de
aprofundamento do vício, como nosso amigo B. no futuro...
O
contraponto positivado a essa figura instável de Gross seria o próprio Jung: um
tipo estudioso, pai de família, avesso a boemia, talentoso. Mas que terminará
por abandonar o solo firme da teoria da sexualidade: associando esse campo
especulativo com a figura paterna de Freud, e com o amor frustrado por S...
Freud, por seu turno, sabia que o campo do saber que se descortinava com seu
estudo da sexualidade poderia simplesmente sumir do mapa por conta de
preconceitos que, mais tarde, serão a ruína da Europa. Por isso se via na
posição de fazer-se de figura paterna: pra defender o desenvolvimento daquele
método e passar segurança às pessoas que poderiam contribuir com a
investigação... Em muitos casos os melhores colaboradores de Freud foram tipos
que haviam passado já, el`s próprios, por grande sofrimento psíquico: por isso
era importante ter a figura estável e empertigada do “patriarca” e seu charuto:
pra manter a unidade dos trabalhos e enfrentar a oposição regressiva... É claro
que ele próprio não podia aceitar essa posição senão artificialmente, pois eram
tempos em que a figura paterna sofria ataques a sua forma de todos os lados, graças
ao desvelamento de sua construção social... A reafirmação dessa entidade
patriarcal fragmentada deu origem às formas mais brutais de terrorismo de
Estado...
Mas F.: porque cê não transa nunca? Cavalão!
[Este
sonho que eu tive pra muitos peguei contar]
Por isso o tal
sonho no navio pra América, que Freud recusa dividir com Jung, pois segundo ele
“ameaçaria sua autoridade”: talvez tenha que ver com esse medo de abandono
material que ia rondando as consciências naquela época. Principalmente a de um
velho médico judeu em um meio antissemita: que temia que os esforços de uma
vida de trabalho viessem a ser desacreditados, e mesmo a desaparecer junto com
ele. E seu herdeiro Jung, espécie de Isaac ariano rebelde rico, ia colocando as
asinhas de fora para suprimi-lo, do mesmo modo que fizera ao romper com S. pra
preservar seu modo de vida burguês e seu status... Que o sonho não revelado de
Freud tenha tido qualquer coisa de masoquismo homoerótico catalisado na figura
“satânica” de J., ganha corpo na cena em que os dois discutem a respeito de um faraó
que ordenou o apagamento do nome de seu pai dos registros oficiais depois de
tomar o poder: no meio da conversa F. se sente mal e cai: é amparado por Jung e
diz em seus braços, num delírio semiconsciente : “como deve ser doce morrer...”
Bom, pensando
nos mil modos com que a vida íntima de Sabina Spielrein é esmiuçada na fita; e a forma “romântica e sutil” com que
o sonho no navio pra América finalmente vem à tona [a desagregação do eu no ato
sexual]: vemos aqui a formalização do impasse da autoimagem masculina num
rompimento. No limite, quando as relações entre dois indivíduos chega a essa
estágio de contradição, el`s já não suportam
reconhecer-se na imagem um do outro, e trabalham pelo desaparecimento mútuo.
Quem tiver paciência pra ler o resumo do filme na W. [link no final] vai
perceber que o boi de piranha pra travessia desse rio de afetos será Sabina:
que além de tudo terá as ideias mais fecundas e modernas a partir dessa experiência,
superando seus tutores de longe... Muito diferente da negação mística desesperada
de J. ou do paternalismo culpado e castiço de F. : ambas as perspectivas
enviesadas pela violência e pelo medo de
se reconhecer como objeto de desejo: mesma crise que, cem anos no futuro, [mais
doses cavalares de cinismo e desidentificação com o próximo], consome a
personagem B... A crise da imagem paterna acima referida (entendendo esta
identidade paterna como a do provedor, do chefe de família, da autoridade
física sobre os demais membros do grupo, do transmissor de uma tradição, etc.),
é na verdade a crise dos sujeitos em
busca de identificação com esta figura. Assim, num ambiente social em que
os posicionamentos ideológicos vão se estruturando de modo irreconciliável: a
assunção dessa identidade masculino-paterna passa a carregar em si um projeto
de reorganização dos modos de vida, seja através de sua reprodução policiada ou
de sua revolução. E foi o que aconteceu na Primeira Guerra, depois na Segunda,
depois...
[Me-lan-coliiia I’ll
never let you go!]
É o que se espera de
qualquer agrupamento de XY, sejam eles presidiários, torcidas organizadas, militares,
milicianos, grupos políticos ou profissionais, religiosos, estudantes,
comunidades gay: a identificação entre esses sujeitos deve passar por uma
estilização forte dos modos, e tem sempre
de fundo uma misoginia violenta e acovardada. Esse laço edipiano entre os
sujeitos, que reforçam as identidades pela oposição violenta ao outro: [re]produz
o tipo de barbárie que toma conta quando o capitalismo, convulsionado por
alguma crise [ou portador dela], “abandona” o mundo à própria sorte: e os sujeitos-mercadoria já não sabem porque
se identificar entre si, senão ancorados nos preconceitos mais obscenos, ou em
ideais de [auto] destruição ... Um vazio que Sabina combateu ao se mudar
pra Rússia revolucionada; e do qual Sissy [antes do hecatombe] tenta se
desembaraçar aproximando-se a qualquer custo do irmão traumatizado e em apuros:
assim como ela... Talvez pra tentarem juntas a cura pela conversa.
Ate!!!